A consagração é dom, oferta, dádiva, que Deus oferece à pessoa amada. Falar de consagração na primeira pessoa, é vivenciar uma relação interpessoal, descentrada, desejosa de contemplar o rosto do meu Amado. A consagração é êxtase perante a terra sagrada ao encontro do Outro, saboreando a eternidade através da aliança que tudo liga na perspetiva do “para sempre”. Assim, aconteceu no passado dia 20 de abril, na Paróquia do Parque das Nações, assumindo publicamente a vocação de serva de Nossa Senhora de Fátima (SNSF).
Que imensa alegria aquele dia, em que perante um significativo número de irmãs, do Sr. Patriarca, de padres, familiares e amigos, selei agora não por um tempo, mas para sempre, a minha entrega total, inteira e exclusiva ao nosso bom Jesus.
Dizia Luiza Andaluz, Fundadora da Congregação das SNSF, no final da sua consagração em 1930: “quero ser tua e só tua no tempo e na eternidade.” Este é igualmente o desejo que me habita, ser toda de Deus e para sempre, experimentando, ainda que de forma incompleta, no aqui e agora, a comunhão com Deus, que será plena e total, onde o tempo e espaço deixarem de existir, isto é, no céu!
Irmã Rita Ornelas