Entrevista Jornal do Parque: Voluntariado na JMJ

“ACREDITO QUE A JMJ VAI SER UMA GRAÇA IMENSA.”

Maria Madalena Gamboa está ligada ao nosso bairro e à nossa Paróquia desde sempre. Vai ser uma das chefes de equipa de voluntários da Jornada Mundial da Juventude, que decorrerá entre os dias 1 e 6 de agosto, com forte incidência na nossa freguesia. Fica a conversa com esta jovem de 19 anos.
Se quiser ser voluntário poderá fazê-lo através de: www.paroquia-navegantes.org/jmj/

Olá, Madalena! Fala-nos um pouco sobre ti.
O meu nome é Maria Madalena Gamboa, tenho dezanove anos e estou no segundo ano da licenciatura de direito. A música, a escrita e a fotografia completam os meus dias, sendo o que mais gosto de fazer. A música está presente desde a escola primária, em que me recordo de querer formar uma banda com as minhas amigas. A partir daí, não me lembro de haver um dia em que não cante a toda a hora. A escrita surgiu mais tarde, escrevo sobre tudo o que me vem à cabeça e muitas vezes digo que, para mim, a forma mais fácil de me expressar é pela escrita. A fotografia é um gosto tão antigo quanto a música. Gosto de observar por trás da lente. Frequento o Parque das Nações e a Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes desde que nasci.

Como começou e como é a tua ligação com a Paróquia?
Apesar de ter sido batizada na Igreja do Cristo Rei da Portela, onde vivíamos, foi na Paróquia do Parque das Nações, ainda na escola Vasco da Gama (visto que, nessa altura ainda não existia a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes e as celebrações realizavam-se então aí), com apenas dias, que assisti à minha primeira missa. Realizei todo o meu caminho de formação enquanto criança e adolescente na catequese da Paróquia, onde recebi os diversos sacramentos inerentes a esse caminho. Depois do Crisma entrei nos grupos de jovens da paróquia, onde ainda me encontro hoje. Foi durante esses anos que cresci e compreendi melhor a importância do compromisso com aquilo que Deus me pede e com aquilo a que sou chamada a fazer. Integrei pela primeira vez, em 2021, a equipa de animação do campo de férias “Pirulitos”, o campo de férias da Paróquia, que se realiza na última semana de agosto para jovens, no qual procuramos proporcionar aos jovens uma experiência de relação com Deus, com os outros e com a natureza.
Este ano aceitei o convite e estou a acompanhar um grupo de catequese de meninos do terceiro ano, que vão realizar a sua primeira comunhão em maio. Ao longos dos anos, conforme a minha relação com Deus foi crescendo, foi crescendo o meu grau de compromisso com a Paróquia. Com isto, foram surgindo muitas relações de amizade, que me ajudam a crescer na fé e no espírito de compromisso na Paróquia.

Existirão eventos espalhados por toda a cidade, momentos formativos e catequéticos, festivais de música, espetáculos, concertos, exposições, torneios de futebol e voleibol, que nos vão ajudar a crescer e ao mesmo tempo aproximarmo-nos.
As minhas expectativas, estão muito elevadas, uma vez que, esta é uma experiência única, poder estar com o Papa e com jovens de tantas nacionalidades, rezando e convivendo. É difícil de imaginar a quantidade de coisas e experiências que vou conhecer e vivenciar, as amizades que vão surgir, as vocações que vão nascer.

Como começou o teu envolvimento na Jornada Mundial da Juventude?
Apesar de nunca ter participado numa Jornada Mundial da Juventude, já tinha a perceção do que era e já tinha ouvido as experiências vivenciadas de amigos que participaram. Pelo que, o meu envolvimento começou quando percebi que o evento ocorreria na minha própria Paróquia. Tendo manifestado desde o primeiro dia a minha disponibilidade para ajudar em tudo que fosse necessário. Obviamente, que tinha e tenho todo o interesse em participar enquanto peregrina, porém, sentia-me chamada a mais, talvez por perceber que seria muito mais importante poder estar disponível para os outros, poder servir os que vão chegar. O tema da Jornada é isto mesmo – “Maria levantou-se e partiu apressadamente”. É esta disponibilidade imediata, esta vontade de missionar, de ir ao encontro dos que precisam de nós. Depois desta disponibilidade para ser voluntária, surge o convite para ser chefe de voluntários, a partir de um grupo de amigos da paróquia, que, ao já terem participado noutras Jornadas, foram ainda motivando-me mais e fazendo crescer em mim a vontade de servir. Ao mesmo tempo, o COP (Comité Organizador Paroquial) e o COV (Comité Organizador Vicarial), do qual faço parte, tiveram e têm tido um papel muito essencial no meu envolvimento, apresentando o que seria a Jornada, trazendo testemunhos e conduzindo os jovens. Organizaram, igualmente, diversos eventos para unir jovens e preparar o que será a Jornada.

Qual vai ser o teu papel como voluntária? O que vais fazer em concreto?
Já sou voluntária neste caminho de preparação para a JMJ e depois com especial incidência durante a semana antes de 1 a 6 de agosto. O ser voluntário é estar disponível para ajudar e tentar garantir que, este encontro de jovens de todo o mundo, se concretiza da melhor forma possível. Tal como já mencionei, entretanto fui convidada, para ser uma das chefes de equipa de voluntários, ou seja, durante esta semana, estarei a coordenar uma equipa de voluntários, para que a comunicação e logística, seja mais simples entre todos os voluntários e as suas diversas tarefas. O meu papel essencial vai ser na Paróquia, onde iremos receber os peregrinos, pelo que, não me é possível (ainda) dizer em concreto o que vou fazer, todavia, estarei sempre disponível para tudo o que me pedirem.

O que é que nos podes revelar já sobre o evento? Quais são as tuas expectativas?
Acerca destes eventos, penso que só depois de os vivermos é que podemos descrever os mesmos, as experiências que vivemos, o que sentimos, o que crescemos. Para começar é um evento que conta com milhares e milhares de jovens, na mesma idade, com culturas e línguas diferentes, mas que a grande maioria têm em comum a mesma fé, a mesma vontade de amar o próximo, no fundo o Amor a Jesus Cristo. Se bem que a Jornada é aberta a cristãos e não cristãos, a crentes e a não crentes.
O Papa Francisco, convida todos os jovens. O convite é a despertar, acordar, levantarmo-nos e irmos. Acredito que vai ser fonte de crescimento para cada um daqueles que participar, vão descobrir-se a si próprios, a Deus, alguns até a sua vocação.
Vai trazer a cada um uma alegria sem medida, que obrigatoriamente será fonte de contágio. Existirão eventos espalhados por toda a cidade, momentos formativos e catequéticos, festivais de música, espetáculos, concertos, exposições, torneios de futebol e voleibol, que nos vão ajudar a crescer e ao mesmo tempo aproximarmonos. As minhas expectativas, estão muito elevadas, uma vez que, esta é uma experiência única, poder estar com o Papa e com jovens de tantas nacionalidades, rezando e convivendo. É difícil de imaginar a quantidade de coisas e experiências que vou conhecer e vivenciar, as amizades que vão surgir, as vocações que vão nascer.
Acredito que a JMJ vai ser uma Graça imensa.

Qual achas ser a importância deste grande evento e que impacto terá em ti e na comunidade em geral?
É difícil dizer qual o impacto que terá em mim. Creio que vai permitir aumentar a minha fé, vai ajudar-me a conhecer melhor, a descobrir o próximo e a perceber a Universalidade de Jesus Cristo. Na minha comunidade, a JMJ será fonte de união e crescimento na Fé de todos os paroquianos.

Uma palavra para quem aches que iria gostar de se voluntariar como tu?
Compromisso. É uma palavra difícil, mas que é fundamental na vida de qualquer pessoa. O meu desejo é que os jovens se voluntariassem e assumissem este desafio como manifestação da sua disponibilidade para os outros. Tal como Maria, se levantou e partiu para ir ajudar a Sua prima, Santa Isabel. Gostava que todos tivessem a coragem de seguir este Deus que é Amor, que estando sempre disponível para nos Amar e perdoar, soubéssemos nós estar sempre disponíveis para amar e servir os outros. Isto é o que todos os voluntários vão fazer, ao aceitarem este desafio que o Papa Francisco, lançou e claro, Deus nos propõe. Abrir horizontes, explorar as nossas capacidades e quem sabe, descobrir algo muito superior a nós mesmos, entender que o compromisso não tem de ser assustador e complexo! Quando fazemos as coisas com amor, o compromisso torna-se algo simples e natural, que só nos dá vontade de continuar. Que possamos ser, cada vez mais voluntários a abraçar o compromisso de Segui-Lo e Servi-Lo e assim, descobrir a verdadeira alegria

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