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IGREJA

IGREJA DO PARQUE DAS NAÇÕES, UM POUCO DE HISTÓRIA…

A ideia exaltante de estarmos a construir futuro deve transbordar da
nossa fé - a casa do Pai é a casa de todos nós - e alargar-se, transmitir-
se, contagiar outros. Esta é uma tarefa de todos nós!

O SONHO

A realização da Exposição Mundial em Lisboa no ano de 1998 (EXPO 98) permitiu a reconversão de uma extensa área na zona oriental da cidade, previamente muito mal qualificada e ocupada por equipamentos industriais, ruínas, baldios e lixeiras.

Em paralelo com o espaço expositivo, nasceu um projeto urbanístico de elevada qualidade que perduraria para além do fim da EXPO e que atraiu a esta zona da cidade numerosas pessoas que aqui decidiram fazer residência permanente. Cedo, esta comunidade em embrião, se confrontou com o fato de não estar contemplada, no projeto urbanístico, a existência de um espaço de culto religioso para exercício do direito à prática da sua fé. Um grupo de católicos, empreendeu então a tarefa de encontrar um espaço provisório e foi assim que acabou por ser adquirida uma loja no Terreiro dos Corvos onde se instalou a Igreja, com o apoio da paróquia de Moscavide e do então pároco, Padre José Reis. Começou a celebrar-se missa dominical e a comunidade foi crescendo em número e em vivência cristã, tendo-se iniciado a catequese, grupo de jovens, coro, bem como grupos de reflexão e realização de numerosas iniciativas, envolvendo um número progressivamente maior de cristãos.

Foram tempos de grande partilha e de espírito comunitário que, apesar da precariedade das instalações, recordamos com saudade.

No esforço de angariação de fundos, juntos começámos uma corrida de solidariedade mas também competitiva, a “Corrida do Oriente” (10 km) e um passeio de convívio “Correr para Conviver” (2 km), com a 1ª edição em 2001.

Crentes e não crentes uniram-se para conseguir patrocínios, montar toda a logística, conseguir adeptos; a comunidade abriu-se e alargou-se.

O crescimento desta comunidade, levou o Sr. Cardeal Patriarca a criar a nova Paróquia com a invocação de Nossa Senhora dos Navegantes, tendo sido nomeado, como primeiro pároco, o jovem Padre Nuno Tavares.

Dera-se início ao processo que tinha como objetivo construir de raiz a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, começando-se a negociação com a PARQUE EXPO para aquisição dum terreno. Recorde-se que, na altura, a PARQUE EXPO favorecia a ideia de uma construção palustre na zona do atual cais acostável, solução que abandonámos pelos custos que envolveria e pela dificuldade nos acessos.

Foi, então, nomeado Pároco o Padre Paulo Franco e foi possível, por acordo com a Escola Básica Vasco da Gama, utilizar o anfiteatro para a celebração da Eucaristia Dominical bem como outras atividades relevantes da Paróquia. Entretanto, diversos grupos da Comunidade iam crescendo, com destaque para o agrupamento 1100 de escuteiros marítimos que iniciou a sua atividade e se autonomizou do agrupamento de Moscavide e veio depois sediar-se na paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes. A falta de espaços e outras condições para o exercício das diversas atividades paroquiais era dramático mas foi possível adquirir um pavilhão antes usado como stand de vendas e andar modelo e instalá-lo na vizinhança do futuro espaço para a nova igreja.

O PROJETO

Do projeto inicial de lançamento de um concurso de ideias evoluiu para um concurso de projetos apresentados por um conjunto de arquitetos convidados de acordo com orientações estruturais e iconográficas já decididas pela comunidade e em consonância com as normas orientativas do Secretariado para as Nova Igrejas do Patriarcado de Lisboa.

O projeto vencedor, da autoria do Arquiteto José Maria Dias Coelho, continha inicialmente elementos de grande beleza artística como uma sobrecapa translúcida iluminada a partir do interior, que permitia ao edifício emitir luz durante a noite e um vitral gigantesco no interior. O sonho de concretizar este projeto cedo esbarrou com a dificuldade de o concretizar dada a enormidade dos custos envolvidos. Uma equipa de paroquianos, que colocaram ao serviço da comunidade as suas competências profissionais específicas – arquitetos, empresários, gestores, juristas, bancários, etc. – trabalharam com afinco na tentativa de encontrar uma solução final que fosse financeiramente comportável para a paróquia. Dos custos previstos para o projeto inicial – mais de sete milhões de euros – e após cortes sucessivos, chegámos a cerca de metade dessa verba, sem cortar no essencial. Todavia, o contexto de crise económico-financeira em que vivemos cria dificuldades adicionais em particular no que concerne à altas taxas de juros exigidas pala banca para o financiamento do projeto. Contudo, e não querendo colocar em causa a construção de tão necessário equipamento religioso para o Parque das Nações, os cortes foram ainda mais drásticos de forma a que a construção atingisse um valor que pudesse ser comportado com a capacidade financeira da Comunidade, na preocupação de nunca colocar
em causa o futuro económico desta mesma comunidade, de forma a que

se pudessem sempre honrar os compromissos financeiramente assumidos.

Foi adquirido o terreno, iniciado o processo de licenciamento da obra e iniciada a fase de análise das propostas das potenciais empresas construtoras. Em junho de 2012 procedeu-se à escolha da empresa fiscalizadora da obra e em setembro seguinte a seleção da empresa construtora. A Fábrica da Igreja honrou os compromissos financeiros relativos ao processo de construção da Nova Igreja, de que se destacam: aquisição do terreno, contrato com a equipa de projetos de arquitetura e especialidades e demais processos de estudo e análise e construção.

A nova igreja de Nossa Senhora dos Navegantes é um espaço de culto digno e de elevada qualidade estética, dotado de todas as infraestruturas necessárias ao funcionamento dos vários grupos da comunidade paroquial – onde se podem contar cerca de 800 crianças e jovens e cerca de 300 adultos, e uma participação nas eucaristias dominicais na ordem das 1300 pessoas -, dispondo ainda de equipamentos sociais e lúdicos. Nossa Senhora ajudará certamente a acalmar o mar revolto em que somos forçados a navegar para a concretização deste projeto. A ideia exaltante de estarmos a construir futuro deve transbordar da nossa fé – a casa do Pai é a casa de todos nós – e alargar-se, transmitir-se, contagiar outros. Esta é uma tarefa de todos nós, os jovens, os casais, os escuteiros, as crianças da catequese, os catequistas, os membros da Associação Navegar e os missionários do SABI, os cantores, os leitores, os acólitos e ministros da comunhão, os grupos da Lectio Divina, os adultos que se preparam para os sacramentos e os que frequentam grupos de formação e oração, de todos os cristãos desta comunidade.

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